*Jogando Candy Crush*

Responsabilidade
s.f. Dever de arcar com o próprio comportamento ou com as ações de outrem.

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Outro dia, eu escrevi no Facebook que criar filho é parecido com jogar Candy Crush: acaba uma fase e começa outra mais difícil… É bem por aí, eu acho.

E nessa complicação toda, eu vejo pais criando filhos das maneiras mais diferentes possíveis. Qual é o jeito certo? Sei lá, eu. Se eu soubesse estava publicando livros e ficando rykah

De qualquer forma EU acho que estimular a independência e a responsabilidade é super importante para o futuro da criança.

Não dá pra tratar como o bebezinho da mamãe, tchuco tchuco tchuco um “bebê” de dez anos de idade. Na verdade, eu acho que isso até prejudica o desenvolvimento da criança em diversos aspectos. Mas isso sou eu, que não sou especialista em nada.

Como o blog é meu, obviamente, o que você vai ler aqui é a MINHA opinião.

Sempre fui contra esse comportamento dos pais (bebezinho lindo, tchuco tchuco tchuco, daí você olha e vê um moleque de 13 anos de idade), e por isso, desde muito pequena ensino Isadora a ser independente e responsável. Quantos “mas ela é pequenininha” eu ouvi. E quantos “mas ela vai crescer” eu já respondi…

Mas, como assim, você pergunta? Aqui em casa, a Isa tem suas obrigações e responsabilidades, eu explico. Ela arca com as consequências do que faz (ou deixa de fazer), e nós achamos que é assim que tem que ser, porque ela vai crescer e o mundo não vai tratá-la como tchuco tchuco tchuco da mamãe.

Horrorizem-se pais superprotetores: Isadora arruma o quarto diariamente, organiza o próprio café da manhã (faz torradas inclusive, e se estiver inspirada até a louça ela lava), arruma sozinha o lanche da escola, é a única responsável por guardar o material que levará para a aula eu não confiro mochila não! Se esquecer algum livro, ema, ema!, me ajuda a tirar as roupas da máquina e guarda as dela no armário, coloca a mesa para as refeições, e claro, limpa, escova e usa o aparelho.

Se ela faz tudo isso sem reclamar? De jeito nenhum. Sempre é ah, mãe, ou esqueciiii!, ou daqui a pouco eu faço. Mas eu pego no pé mesmo, e ela sabe muito bem que tudo na vida tem uma consequência, por experiência própria (por exemplo, outro dia ela “esqueceu” o dinheiro do lanche no banco do carro, porque não guardou na mochila quando recebeu – eu só vi quando cheguei em casa, às 17hs – e ficou sem lanche, as amigas acabaram repartindo com ela; ou no dia em que ela “esqueceu” de ir de tênis para a escola e ficou com falta na aula de educação física por isso – agora a regra é ir todos os dias de tênis).

Aliás, abre parênteses que a bola da vez é o ESQUECI. Guardou suas coisas? Esqueci. Pegou o aparelho? Esqueci. Colocou o chinelo? Esqueci. Penteou o cabelo? Esqueci. É uma infinidade de perguntas com a mesma resposta. Fecha parênteses.

Quanto à lição de casa, eu ajudo quando Isadora pede, confiro para ver se está correta, e quando está errada, digo, ajudando a achar o erro, mas não faço lição pra ela não! E quando ela teima que está certo (porque sim, acontece, e mais vezes do que eu gostaria), eu mando levar para escola do jeito que está, pra professora corrigir (afinal, se ela acha que está sempre certa, mesmo não estando, ela precisa descobrir, de alguma forma, que não é assim que a coisa funciona).

Pausa pra um ‘causo’. Teve uma vez que uma mãe X (porque antissocial que sou, não conheço mães de crianças que estudam com a Isa, no máximo sei quem é a mãe da fulaninha e/ou da sicraninha) ligou no meu celular (oi?) e perguntou:

– Oi, tudo bem? NÓS estamos fazendo a lição de casa e não estamos conseguindo descobrir qual é o animal da questão 3, você pode me dizer qual é?

Eu pheena e delicada como um búfalo que sou respondo:

– Não sei, eu não fiz a lição, quem fez foi a Isa. Vou perguntar pra ela.

Moral da história: pais NUNCA devem fazer a lição para os filhos. Melhor levar pra escola errado ou sem fazer, do que “fingir” que a criança sabe, quando, na verdade, não entendeu bulhufas do que deveria fazer. Despausa.

Enfim, me julguem, me condenem, me coloquem à margem da sociedade, mas eu acho que a criança tem que aprender desde cedo a lidar com tarefas e responsabilidades, porque nem sempre ela vai ter alguém para fazer tudo por ela. Daí como faz? Senta e chora?

Como já patenteou o célebre Içami Tiba, quem ama, educa. E nós estamos tentando educar a Isa para a vida, para viver no mundo real, que não é perfeito nem acolhedor, ao contrário, é cheio de problemas e frustrações.

Se estamos fazendo isso do jeito certo? Não sei. Porque educar filho, além de ser igual a jogar Candy Crush também é igual a prestar vestibular: a gente acerta errando e erra acertando…

Texto super interessante para os pais lerem:

Você não é especial!

Livros Infantis legais sobre responsabilidade:

Deixa Que Eu Faço

Descobrindo Valores – Responsabilidade (aliás, a coleção toda é superlegal!)

Quando Mamãe Virou Um Monstro

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