*Vamos fugir proutro lugar, baby…*
Apesar de ter morado praticamente minha vida toda nesta cidade, não gosto de Campinas. E depois de ter tido a Isadora, esse sentimento piorou.
Ultimamente então, sinto como se vivesse presa dentro de casa. Enjaulada. Claro que para a minha segurança e da minha família…
Eu tive a sorte de poder brincar na rua, soltar pipa com meu pai, pular amarelinha, caracol, brincar de esconde-esconde e pega-pega, pular corda, jogar betsy no meio da rua, andar de bicicleta pelo bairro, sem que a minha mãe ficasse preocupada ou apreensiva: será que eu ia chegar em casa? Cresci com a liberdade que talvez a minha geração tenha sido a última a ter.
E a Isa? Que tipo de infância ela vai ter? De casa pra escola, da escola pra casa. De casa pro shopping, do shopping pra casa. De casa pra casa de algum amiguinho, e da casa dele pra nossa. De casa pra algum lugar fechado e seguro e de volta pra casa. Tudo extremamente bem vigiado. Sem qualquer risco. E sem liberdade.
E eu? Eu também sinto falta. Sinto falta de sentar na frente de casa no fim das tardes de verão e ficar jogando conversa fora com a minha mãe (enquanto, na minha imaginação, a Isa anda de velotrol pela calçada). Sinto falta de pisar na grama, de tomar chuva, de poder ir na pracinha e ficar lá, vendo a Isa brincar…
Já a bastante tempo eu penso em ir embora daqui. Como uma pessoa que definitivamente nasceu no hemisfério errado e que odeia calor (desde que não esteja na praia), obviamente eu queria morar na Europa. Mas como isso está fora de cogitação, eu venho pensando em alternativas.
Eu já pensei em morar em Brasília… em parte porque tenho boas amigas por lá, em parte porque pode-se dizer que é o paraíso dos advogados… e também dos pagãos (eu morria pra participar de um ritual de plenilúnio na Chácara Remanso, da Mirella Faur!)… mas, friamente pensando, é a mesma coisa que trocar 6 por meia dúzia, sem falar que lá não tem campo de trabalho pro Marido Antonio.
A segunda opção seria o sul do país. Quando fui pro casamento da Audrey, eu simplesmente me apaixonei pela Serra Gaúcha… Mas tem um complicado processo logístico pra ir pra lá, principalmente profissional…aiai…
Eu queria morar numa cidade tranqüila (mas tranquila meeeesmo), de uns 20.000 habitantes, com muito verde, muita festa típica e clima ameno….
Apesar disso, tem que ser perto de uma cidade maior e ter um pólo industrial (de preferência uma filial da empresa que o Marido Antonio trabalha), porque alguém precisa trabalhar (e nesse caso, obviamente, é o Marido…risos), mas ainda sim, ter qualidade de vida…
Uma cidade que não vive na parte policial dos jornais nacionais, e cuja notícia de maior repercussão na última semana, no jornal local, foi o pedido de casamento feito via página principal pelo noivo, e que na parte policial, não há a notícia de um assassinato sequer, no último ano….
Esse lugar existe. Agora só falta eu descobri um jeito de ir morar lá…
**EDIÇÃO DO POST, às 20,41hs: A Isa acabou de fazer o primeiro xixi no peniquinho, êêêê!!!=)