*Qualéqué?*
Nesse final de semana, andei refletindo qual é a do meu blog. Ele já completou 4 anos de vida, em novembro do ano passado… Começou sem nenhuma pretensão (quando eu digo isso, quero dizer que não esperava que ninguém lesse), apenas como válvula de escape pra minha ansiedade com relação à ICSI, já que naquela época eram raríssimos os blogs sobre esse assunto.
Aí, outras futuras mães que viviam a mesma situação começaram a visitá-lo, a fazer parte do meu cotidiano internético. Fiquei grávida. E essa rede de “pacientes leitoras” aumentou praquelas também que estavam tentando engravidar, ainda que naturalmente, estavam grávidas ou já tinham bebês.
Fiz muitas amigas queridas. Algumas virtuais, (que um dia vou conhecer pessoalmente), como a Trícia, a Liliany, a Denise, a Ana, a Fabiana e tantas outras….
Já tive a honra de conhecer algumas pessoalmente, como a Rêca, a Pri, a Laila, a Rejane (e hoje vira e mexe marcamos alguma bagunça de blogmães e blog filhos), a Patrícia (que veio pra cá com Djem e Tammer made in UK), a Carlinha, a Simone, a Olívia…
Além disso, o blog é a oportunidade de parentes e amigas (como a Paulinha, a Gamis e a Audrey), que moram a quilôôômetros de distância, continuarem a “conviver” com a gente…
Mas eu acho engraçadíssima a postura de algumas pessoas com “essa coisa de internet”… pra muita gente fazer amizades virtuais como eu fiz é simplesmente impensável, um risco ou sei lá o que… quem não vive a realidade de ter um blog (joga no google pra ver a quantidade de blogmães do mercado), ou visitar sempre um, acha que isso é o fim do mundo. Uma coisa tipo superexposição da minha figura, talvez com um significado freudiano….
Quando eu conheci a Pri, ela me contou que o pai dela morria de medo dessa história de blog, afinal, alguém podia reconhecer o Juca (tudo bem que foi exatamente assim que nos conhecemos hehehe)…
Um dia ela passou a tarde numa fila do TRE com Juca aprontando. Umas semanas depois, ela estava em algum lugar e uma moça perguntou se ele era o Juca. Ela apavorada, respondeu que sim, já pensando que o pai tinha razão… Quando ela perguntou de onde ela o conhecia, a moça respondeu que da fila do TRE.
Pois é. Nós nos submetemos à “superexposição” pelo simples fato de saírmos de casa, andarmos na rua ou frequentarmos algum lugar específico. Se eu for pensar por este lado, eu vou ter agorafobia. Claro que os cuidados básico de segurança internética são devidamente tomados (bloqueio de cópia de fotos, nada de nomes ou endereços ou citação de locais identificáveis ou telefones… mas isso acho que nem precisa falar, de tão óbvio, né?), que eu não sou doida.
Agora… se eu falo no blog o que eu acho ou deixo de achar, o que eu vivo ou deixo de viver, simplesmente o faço porque aquele ali se tornou meu lar virtual. Aliás, até bem pouco tempo atrás as pessoas “reais” não sabiam da existência dele, mas me dei conta que era uma besteira bem grande não deixá-lo (ainda mais) público. Quem me conhece, é o suficiente pra ler talvez a mesma coisa que viveu comigo ou eu falei no final de semana.
Claro, cada um é cada um. Tem gente que come peixe podre e diz no blog que comeu caviar, que enfeita a vida como se fosse uma grande árvore de Natal, pra mostrar pra todo mundo uma realidade que gostaria de viver…. mas se a pessoa faz isso virtualmente, faz isso no mundo real também, certo?
Então, o motivo da existência desse blog é simples: é registrar todos os momentos da vida da Isadora. Até quando? Não faço a mínima idéia… Afinal uma pessoa verborrágica como eu não é fácil calar….;]
E se às vezes os momentos da minha vida também ficam registrados no blog, paciência. Isso é um efeito colateral. Eu sou mãe da Isadora e nossas vidas estão interligadas. Pra sempre.
Pronto. Assunto encerrado!=]
Depois eu volto com as fotos do aniversário do Biel, a volta às aulas e as pérolas da Isadora no final de semana…