*Em defesa da inocência*

Hoje foi o dia em que a Isa apareceu no Pick Me… mas, infelizmente, esse post não é bonitinho, nem agradável. Na verdade, eu nem queria escrever sobre esse assunto, mas não adianta querer fechar os olhos e fingir que o mundo é cor-de-rosa.

Quem fez o chamado foi a Luma. Hoje é o dia da blogagem coletiva em defesa da inocência, contra a pe*dofi*lia.

Quando eu morava em Uberaba, lembro que teve uma semana, no fim do ano, que o carro da minha mãe quebrou e o pai de uma amiguinha do ballet ofereceu carona pra mim.

Quando entrei no carro, o maldito estava com o p** de fora! Dá pra acreditar nisso? Eu mal tinha completado 13 anos! E ele passou a ligar em casa, e quando eu atendia falava um monte de besteiras…

Sei lá porque, eu não contei aos meus pais. Bom, se eu tivesse contado, certeza que eu seria filha de um assassino. Cer-te-za. Mas preferi ficar quieta e remoer aquilo sozinha. Algumas semanas depois, voltamos pra Campinas e eu enterrei essa história o mais fundo que eu pude.

Hoje me arrependo de ter me calado. Porque a minha coleguinha, aquela menina franzina, tímida, que comia meleca do nariz, e era filha daquele monstro, podia estar sendo molestada por ele, há anos talvez.

Na época eu não tinha a menor consciência disso, infelizmente, e apesar de não ter sido molestada fisicamente, eu sofri e muito com o que havia acontecido.

Essa é a primeira vez que comento essa história, porque eu não vou me calar uma segunda vez. Hoje eu sou mãe e estou atenta, não só ao que acontece com a Isadora, mas também com as outras crianças.

Temos que prestar atenção no que ocorre ao nosso redor. Com o filho do vizinho, com o garoto que encontramos no supermercado, com a menina que estuda na mesma escola de nosso filho, ou com o sobrinho adolescente que entra no Orkut e no MSN. Por que pensar “ah, mas não é com o meu filho” é ser conivente com o abuso, e assim se tornar cúmplice de um crime hediondo.

Vale lembrar que os pe*dóf*ilos estão bem integrados na sociedade, são gente “normal”, que você encontra na padaria, no shopping, na saída da escola do seu filho… e é aí que mora o perigo.

Vamos ficar alertas, vamos denunciar. É nossa obrigação, não só como pais, mas como seres humanos adultos, que tem o dever de zelar pelo bem estar das nossas crianças.

Não vamos fechar os olhos, não vamos nos calar. Vamos estirpar esse câncer da nossa sociedade.

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