*Sacrilégio*

Hoje me deparei com uma cena, que fez com que eu me conformasse que, o nosso país, só implodindo e começando do zero pra melhorar. E olhe lá.

Moro próximo à uma escola estadual de Ensino Médio, e, via de regra, saio pra levar a Isa ao colégio no mesmo horário de entrada dessa escola.

Eis que estou ajudando a Isa a entrar no carro, quando passa pela minha calçada um grupinho de adolescentes, ouvindo funk no celular pré pago, e um deles chama o outro, pega um livro e arremessa pro alto, pra cair no meio da rua. E vai embora.

Fiquei chocada ao ver aquilo.

Eu AMO livros. Aliás, uma das minhas grandes compulsões de compras são justamente eles, os livros. Gosto de comprar, olhar as capas, virar as páginas, ler, reler, redescobrir a história (tanto que não me acostumo com e-book, não adianta)…

Livros, pra mim, são a fonte mágica do saber. Livros nos transportam pelo caminho do conhecimento, da imaginação. Livros são sagrados.

E a cena que eu vi é um sacrilégio. Um sacrilégio inspirado nos funkeiros, jogadores de futebol, mulheres frutas, ex-bbbs e toda essa ralé que ensina para essa nova geração que não precisa ser inteligente, não precisa estudar. Basta ser “esperto”, criar uma música ridícula que viralize, participar de um reality show ou saber jogar futebol.

Assim você fica famoso, ryko, sem precisar gastar seus neurônios inexistentes, já que você nunca se interessou por ler ou estudar.

Obrigada, subcelebridades brasileiras, por deixar esse legado incrível à geração atual. Morram.

Pronto, falei.

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