*Brilha, brilha, estrelinha*

Ontem o céu ganhou uma nova estrelinha e o meu mundo ficou mais triste.

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O Funcho, meu gatão lerdo e sem vergonha, partiu para além da Ponte do Arco Íris.

Sempre achei que ele seria o último a partir. De tão sossegado e lento, brincávamos que se ele tivesse um infarto, iria morrer dois anos depois.

Mas não foi o coração, e sim o fígado que falhou. Ou melhor, a lipidose hepática que o levou.

Não vou entrar nos detalhes da doença e do tratamento, só que foi muito triste.

E ontem, em especial, foi um dia muito, muito difícil para mim.

Além de lidar com o MEU sentimento de perda, ainda tive que ajudar a minha mãe e a Isa com os delas.

Minha mãe já perdeu muita gente e animais que amava, e a Isa, ao contrário; o Funcho foi a primeira perda consciente da vida dela. Um baque para as duas.

Racionalmente, eu sei que ele estava sofrendo, que agora está em paz. Mas eu sou uma humana imperfeita e egoísta, e queria que ele estivesse aqui, ou, como a Isa disse, que ele voltasse do Céu.

Sei que vai melhorar, o tempo cicatriza tudo. Experiência própria.

Mas no momento, ainda não consigo acreditar que não vou mais ver o Funcho miando pra mim, ou se esfregando no bico do meu sapato enquanto tomo café. Nunca mais vou ter que me preocupar se deixei a janela do quarto aberta e ele vai subir no telhado, nem se ele está no muro tentando arrumar briga com o gato da vizinha.

Nunca mais vou ouvir a Zamin latir “dedurando” que ele está fazendo alguma arte, nem encontrá-lo dormindo escondido num dos armários da minha mãe. Nunca mais farei “carinho estúpido” nas orelhas dele, nem deixarei ele bravo (um milagre!) coçando a bunda dele. Nunca mais ouvirei o motorzinho quando fizer carinho no pescoço dele, ou Funcho subirá no meu colo pra fazer massinha.

Nunca mais vou ver aquele gato, que chegou uma bolinha de pelos cinza em casa, e odiou (a única coisa/pessoa/cachorro que ele odiou na vida) a Pitucha, soltando estalinhos. Nunca mais vou ouvir um meaw, como ele fazia quando a Isa, com uns 2 aninhos, sentava em cima dele e falava, toda feliz: “Funfo!! Funfão!!”.

Nunca mais… Esses momentos, assim como tantos outros ficarão apenas na memória.

É isso.

PS 1 – Ontem a Isa disse que viu uma estrela bem grande e brilhante. Que devia ser o Funcho indo para o céu.

PS 2 – A verdadeira dona do Funcho (ou assim ela acha), a Zamin, não sabe, e provavelmente nunca vai saber que ele não voltará mais…

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