*Mudar é preciso*

Parece que foi ontem que eu estava aqui escrevendo sobre a mudança de escola da Isa, quando chegou a hora de ir para o Fundamental I…

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Pois é, foi ontem mesmo e agora… já começou a saga do Fundamental II. E todas as dúvidas que me assolaram da outra vez voltaram com força total, porque mudança é sempre mudança.

É muito complicado decidir por manter ou trocar de escola. Será que é melhor? Pior? Será que ela vai gostar? Odiar? Como vai ser a adaptação? Como mudar é sofrido!!

*Mais uma estrelinha no céu*

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“Eu me lembro da primeira vez em que te vi (…). Você estava com medo do mundo, o mundo era muito grande e frio. Eu te estendi minha mão e você a beijou. Eu te pedi para vir comigo e ver o mundo. E só porque eu te pedi, você veio. VOCÊ ME ENSINOU A ACREDITAR.

Eu lembro de você como um filhote, rodeada de brinquedos, colocados lá somente para você. Eu ria enquanto você balançava tua cabeça e latia para mim, me convidando a brincar. Você pegaria minha meia ou meu sapato e fugiria, só para eu te perseguir até você me devolver. Eu me lembro daquele dia. VOCÊ ME ENSINOU A BRINCAR.

*Quando foi que o mundo virou esse lugar chato?*

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Ando me perguntando isso, principalmente quando se diz respeito à infância.

Porque as pessoas resolveram que agora tudo tem que ser politicamente correto saudades, TV Pirata e ter um conteúdo didático/psicopedagógico/nutricional/emocional, senão as crianças não podem ver/ler/fazer/comer.

Não existe mais assistir programa bobo de TV porque é um programa bobo de TV. Não existe mais ler um gibizinho porque é um gibizinho. Não existe mais comer uma porcaria porque é uma porcaria.

Tudo o que a criança assiste/lê tem que ser educativo, ter conteúdo e profundidade, absolutamente tudo. Aquele canal e/ou aquele programa não pode, porque olha o tanto de propaganda, e as mensagens comerciais subliminares, a criança tem que viver livre de consumismo e blablablazzzzzzz….

*Sacrilégio*

Hoje me deparei com uma cena, que fez com que eu me conformasse que, o nosso país, só implodindo e começando do zero pra melhorar. E olhe lá.

Moro próximo à uma escola estadual de Ensino Médio, e, via de regra, saio pra levar a Isa ao colégio no mesmo horário de entrada dessa escola.

Eis que estou ajudando a Isa a entrar no carro, quando passa pela minha calçada um grupinho de adolescentes, ouvindo funk no celular pré pago, e um deles chama o outro, pega um livro e arremessa pro alto, pra cair no meio da rua. E vai embora.

*Brilha, brilha, estrelinha*

Ontem o céu ganhou uma nova estrelinha e o meu mundo ficou mais triste.

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O Funcho, meu gatão lerdo e sem vergonha, partiu para além da Ponte do Arco Íris.

Sempre achei que ele seria o último a partir. De tão sossegado e lento, brincávamos que se ele tivesse um infarto, iria morrer dois anos depois.

Mas não foi o coração, e sim o fígado que falhou. Ou melhor, a lipidose hepática que o levou.

*Espírito Natalino*


(foto by Isadora)

Chegou aquela época do ano em que todo mundo enfeita a casa com luzinhas, monta a árvore de Natal, compra presentes e fala que está contagiado pelo espírito natalino.

Então. Eu não sinto isso. Não mais. Quando eu era criança, era a época do ano que eu mais esperava, não só por causa do presente, das luzes e dos enfeites, mas por causa do tal do espírito natalino mesmo.

É difícil explicar, mas o ar mudava, as coisas, as pessoas mudavam para melhor perto do Natal. Todo mundo se importava mais, ajudava mais… Ou assim eu enxergava.