*Malabarismos de Mãe*

Escrevi este texto com uma xícara de café do lado. Pra acordar direito de uma noite mal dormida, pensando no trabalho.

mulher malabarista

Trabalho? Mas peraí, esse texto não é sobre maternidade? É.

Então. É. É sobre ser mãe e malabarista ao mesmo tempo. Porque essa é a vida de mãe.

Hoje em dia meu grande sonho é preencher o item “profissão” dos formulários com um gordo “DO LAR” me julguem, me condenem, me coloquem à margem da sociedade , mas ainda não deu, quem sabe um dia.

Enquanto isso, sou mãe presente como dá.

*Obrigação: férias*

Quando a palavra “férias” se tornou sinônimo de obrigação?

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Outro dia, li a seguinte frase num desses grupos de mães por aí: “vamos combinar… dois meses de férias para essas crianças é muuuuito tempo, haja criatividade!!”, seguida da pergunta de dicas de lugares pra deixar as crianças o dia todo (mas que não seja escola, que fique bem claro!!).

Antes que alguém argumente, NÃO. Não tem nenhuma ressalva que a mãe não tem com quem deixar a criança, não acho que seja esse o caso (até porque, crianças que ficam em período integral na escola por necessidade, normalmente já utilizam o serviço também nas férias).

*A última carta*

E a última carta foi entregue ao Papai Noel.

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Muita gente me pergunta se Isadora realmente ainda acredita em Papai Noel, se ela não está “velha” para isso…

Bom. Eu acreditei até os 11 anos. De verdade. E os Natais da minha infância foram os melhores possíveis. Meu pai fazia questão de manter a magia da data, e eu agradeço a ele por ter feito isso.

Talvez por eu ter essas lembranças tão boas dos Natais da minha infância, eu SEMPRE fiz questão de comemorar com Isadora com tudo que tinha direito. Já fiz malabarismos pra conseguir que o presente do Papai Noel estivesse no quarto enquanto estávamos todos na sala, e eu acho que valeu a pena cada minuto.

*Carta para Isadora*

Escrevo esta carta chorando.


10 anos

Por que? Porque você faz dez anos hoje. E esses dez anos passaram mais rápido do que eu poderia imaginar.

Porque eu acho que poderia ter feito tantas coisas mais por você, ter tido bem mais paciência, ter me dedicado mais, ter dados mais abraços, menos broncas, e ter sido uma mãe melhor.

Porque seu pai deu embora as roupinhas de quando você era bebê que eu tinha separado para guardar (sim, eu vou falar disso pra sempre), e agora não tenho nenhuma lembrança palpável daquela época (tá, eu ainda tenho os sapatinhos e meinhas, mas mesmo assim).

*O Fim de uma Era*

Ou, o dia em que NÃO CONTEI para Isadora que Papai Noel e Coelho da Páscoa não existem.

Daqui a pouco é Páscoa mas já? e essa proximidade da data foi o que desencadeou minha conversa com Isadora…

Como já cansei de escrever AQUI, eu sempre fui a favor de manter a magia e a fantasia da infância. Sempre fiz questão de tornar a Páscoa e o Natal mágicos (assim como momentos que pediam a intervenção da Fada do Dente, Fada do Pepê, etc…) para a Isa, porque EU acho que isso faz parte de uma infância feliz.

*A magia do Natal*

“Quando eu era criança, eu esperava pelo Natal com tanta ansiedade que até doía. Eu preferia o Natal até ao meu aniversário, e não era só pelos presentes não. Era uma época realmente mágica pra mim.

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Eu adorava as cores, o clima, o cheiro do Natal… Esse sentimento se tornou definitivo quando eu tinha 5 anos de idade.

Estava usando um vestido de tricô azul turquesa, que a minha mãe fez na moderníssima máquina de tricô dela, a casa cheia de gente, a ceia na mesa….