*Partida*

Ontem eu entrei rapidinho no meu email e vi o comentário da Yara, mãe da Maria Eduarda, que conhecemos no Hotel Fazenda lá em Serra Negra, ano passado, e desde então mantemos contato:

“oi valeria tudo bem?passei aqui para lhes deixar um beijinho e te dizer q hoje é um dia muito triste!!! o vini filho da renata faleceu, tão novinho!!! que tristeza,conheci o caso dele aqui no seu blog,comecei acompanhar a luta,a garra da renata,e passei a admira-la muito..e adotando aquela familia como se fosse minha,pegando amor pelo vini e vibrando com o vini a cada suspiro de sobrevivencia,muiiito triste…e passei para lhe falar afinal aqui q eu descobri esta familia,mas… deus sabe de todas as coisas né beijos..”

Foi um choque… Em parte porque o Vinicius era tão bebê, da idade da Isadora, em parte porque parece que passou um filme na minha cabeça, e eu revivi uma situação de 17 anos atrás.

Fiquei 2 dias remoendo o que escrever, sobre esse assunto que mexe tanto comigo….

Eu tinha uma amiga, a Denise. Nos conhecemos na 1ª série e crescemos juntas. Éramos inseparáveis. Vivíamos juntas, dormíamos sempre uma na casa da outra… Uma vez combinamos nossos presentes de aniversário. Ela fazia dia 08 de julho (um dia antes do Marido Antonio) e eu 26 de agosto. O que pedimos? A boneca Quem me Quer. A dela foi devidamente batizada de Valéria e a minha de Denise…. Daí surgiu a idéia de que quando eu tivesse uma filha, ela seria batizada de Denise (e só não foi por causa da promessa que eu fiz, mas aí já é outra história…)

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(Foto da minha primeira comunhão, em 1980 e alguma coisa… a Denise é a loirinha, do meu lado, à direita dela a Aline e à minha esquerda, cortada, a Karim…)

Quando entramos pro colegial, nos distanciamos um pouco, porque eu mudei de colégio, mas ainda mantínhamos contato.

Um dia, recebi um telefonema da Karim, que também está lá na foto (e até hoje minha amiga, mãe da Camilinha, um mês mais velha que a Isa), me avisando que a Denise estava doente.

Liguei pra ela, e lembro das exatas palavras dela, em tom de brincadeira: “você viu o que aconteceu? Tadinha de mim….”. Depois minha mãe conversou com a mãe dela e fiquei sabendo que ela tinha leucemia.

Foi a primeira vez que ouvi falar disso e não tinha consciência da gravidade da situação. O ano era 1990, e transplante de medula só no exterior (e eu nem fazia idéia do que era isso!). Só lembro que logo ela foi internada. Entrou em coma e recebi outro telefonema dizendo que ela tinha morrido, no dia 05 de dezembro. Foram exatos 45 dias, entre o diagnóstico e a sua partida.

Leucemia pra mim, desde então, virou uma palavra maldita. Tanto a Denise como o Vini eram lindos, inteligentes, e saudáveis… acho que é isso o que mais assusta. Essa praga silenciosa vem de mansinho, sem aviso.. e pode acontecer com qualquer um. Podia ser comigo, com você…

Quando fiquei sabendo do caso do Vinicius, tive esperança que ele pudesse vencer essa doença, apesar de saber o quanto ela é devastadora… Pedi por ele, fiz parte de uma corrente enorme de energias positivas pra ele…. Infelizmente, ele não conseguiu, e mais um anjinho subiu aos céus…

Toda partida é dolorosa, e não adianta a gente fingir que sabe a dor que a família está sentindo, porque não sabe. Então, o que podemos fazer é desejar….

Desejar que o Vinicius tenha encontrado paz, assim como a Denise. Que a família dele tenha força nesse momento tão difícil, e que o anjo Gabriel traga um pouco da alegria perdida para esses pais tão tristes…

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